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| Marta Augusta Lima, Supervisora do Projeto, Ana Beatriz Barbosa Silva, palestrante, Psicopedagogas Célia Salomão e Eliana Gomes da Silva |
O evento marcou o encerramento neste ano do projeto A Cultura da Paz e contou com uma plateia formada por educadores, psicopedagogos e convidados que lotou o auditório.
Na abertura, o Professor Paulo Henriques Chíxaro, secretário municipal de educação, saudou a palestrante e os presentes e enalteceu o desenvolvimento do projeto A Cultura da Paz nas escolas da rede municipal de ensino como um instrumento fundamental de esclarecimento e informação para que a Paz seja instalada dentro dos ambientes escolares.
Em sua exposição, Ana Beatriz fez questão de afirmar que Bullying não é modismo como muitos defendem e, sim, uma situação observada e estudada em profundidade desde 1982 por um psicólogo norueguês, Dan Olweus que queria entender as consequências destas posturas que muitas vezes levava as pessoas ao suicídio.
Esclareceu que o pesquisador se inspirou na palavra Bullies ou valentões, que caracteriza uma pessoa que está habitualmente cruel ou autoritária, provocando constrangimento especialmente para pessoas menores ou mais fracas.
Disse, também, que para que o Bullying aconteça é necessário ter o agressor, a vítima ou vítimas e espectadores e as ações devem ser repetitivas e intencionais, ocorrendo pelo menos três vezes. Fez questão de lembrar que os espectadores se divertem com as agressões e invariavelmente não tomam partido.
Ana Beatriz alertou que muitas escolas adotam a postura de chamar os envolvidos e obrigarem todos a se desculparem perante um monte de gente e restabelecerem os vínculos de “amizade” e que esta situação não é adequada porque fragiliza e expõe ainda mais a vítima. Enfatizou que tais tentativas só pioraram a situação, comprometendo ainda mais o relacionamento já desgastado, tornando-se insustentável.
Outro desdobramento foi abordado como o Cyberbullying, um tipo de assédio feito de forma virtual através de redes sociais na internet, ou mesmo através de mensagens rapidamente divulgadas por telefones celulares, que é mais cruel porque pessoas conhecidas espalham pela rede informações falsas sobre o comportamento da vítima, que não pode se defender ou a ação de defesa não apresenta a menor eficácia diante da rapidez com que é disseminada.
O Cyberbaiting, forma de Bullying sofrida por professores é outro tipo de agressão que satiriza o mestre, mostrando através de imagens cenas ridículas captadas pelas mentes conturbadas de alunos que desprezam seu esforço em trabalhar pelo crescimento pessoal deles.
Concluindo, Ana Beatriz reiterou que os pais têm um papel importantíssimo na recuperação de crianças e adolescentes vítimas de Bullying, acompanhando suas vidas de perto e tomando providências urgentes de proteção, utilizando sempre o bom senso e os mecanismos de proteção instalados nos locais onde residem como Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ministério Público e Juizado da Infância e Adolescência, dentre outros. Falou da necessidade de denunciar as ações, sempre, para que as situações sejam apuradas e tenham a possibilidade de os culpados serem responsabilizados. Sob o ponto de vista da vítima, nunca dispensar a ajuda especializada de um profissional que pode fazer a grande diferença na vida de quem sofreu ou está sofrendo Bullying.
