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domingo, 18 de setembro de 2011

Violência familiar contra crianças e adolescentes



O pediatra, professor doutor Ayrton Margarido, médico em saúde e gestão do trabalho, autor do livro Muro do Silêncio, proferiu palestra no auditório da Faculdade Estácio de Sá, em Ourinhos, dia 14 de setembro, no encontro promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, falando sobre violência familiar contra crianças e adolescentes.
A psicóloga Belkis Gonçalves Santos Fernandes, Secretária de Assistência Social e vice-prefeita de Ourinhos saudou o palestrante e, em seguida, o Dr. Ayrton falou para uma plateia extremamente variada, composta de profissionais que atuam na rede de proteção a crianças e adolescentes de Ourinhos e mais 12 municípios, o médico alertou sobre a necessidade desses profissionais manterem um olhar atento para identificar as agressões e tomarem as medidas pertinentes para corrigir as situações, além de outras providências para que os responsáveis sejam devidamente identificados, orientados e eventualmente punidos, de acordo com a situação.
Sua preocupação inicial foi com a violência intrafamiliar na infância, onde numa relação de poder extremamente complicada, pais, tios, avós, irmãos maiores e outros agregados praticam, sem a menor cerimônia tais atos, provocando danos morais graves e irreparáveis, quer seja no corpo físico, psicológicos como tortura, sedução, ameaça, tentativa e consumação de estupro.
Em sua exposição, o médico alertou que é comum observarmos tais procedimentos em famílias que estão submetidas a riscos sociais imensos, embora tais fatos sejam vistos em famílias fora desse grupo. Apresentou estatísticas que apontam os maiores causadores desses distúrbios e mostram que os pais representam  50%, mães 30%, e outros agentes 20%. Mostrou, também, que as agressões vão de palmadas, tapas, chutes, empurrões, sacudidas até à violência sexual.
Lembrou que os profissionais que trabalham no Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes dos municípios deveriam estar mais atentos para identificar esses fatos, uma vez que tais agressões são imperceptíveis ou quem sofre está pressionado pelos agressores para não revelar a ninguém, dai a importância de as cidades disporem de serviços de notificação compulsória de violência ou tentativa como a ficha estabelecida pelo Ministério da Saúde em 1994 – que é obrigatória em todo o país -  e que muitas cidades ainda não implantaram. Enfatizou que esse procedimento não resolve o problema como um todo embora forneça indícios para identificar mais rapidamente os fatos.
Concluiu, dizendo, que a sociedade como um todo tem que estar atenta a tais agressões, e que cada um tem um papel importante nessa cruzada para acabar com a violência contra crianças e adolescentes.





Profissionais ouvem atentamente
o Professor Ayrton Margarido




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