Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas

Marta Augusta Lima, Supervisora do Projeto, Ana Beatriz Barbosa Silva, palestrante, Psicopedagogas Célia Salomão e Eliana Gomes da Silva

A palestra sobre Bullying foi proferida no auditório do Colégio Santo Antônio/Objetivo, em 14 de dezembro pela psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, escritora de vários livros sobre comportamento humano, que relatou as experiências vivenciadas em vários lugares e chamou à atenção de pais e educadores para que fiquem atentos à questão, notadamente porque penaliza crianças e adolescentes que não são capazes de se defenderem sozinhos.

O evento marcou o encerramento neste ano do projeto A Cultura da Paz e contou com uma plateia formada por educadores, psicopedagogos e convidados que lotou o auditório.

Na abertura, o Professor Paulo Henriques Chíxaro, secretário municipal de educação, saudou a palestrante e os presentes e enalteceu o desenvolvimento do projeto A Cultura da Paz nas escolas da rede municipal de ensino como um instrumento fundamental de esclarecimento e informação para que a Paz seja instalada dentro dos ambientes escolares.

Em sua exposição, Ana Beatriz fez questão de afirmar que Bullying não é modismo como muitos defendem e, sim, uma situação observada e estudada em profundidade desde 1982 por um psicólogo norueguês, Dan Olweus que queria entender as consequências destas posturas que muitas vezes levava as pessoas ao suicídio.

Esclareceu que o pesquisador se inspirou na palavra Bullies ou valentões, que caracteriza uma pessoa que está habitualmente cruel ou autoritária, provocando constrangimento especialmente para pessoas menores ou mais fracas.

Disse, também, que para que o Bullying aconteça é necessário ter o agressor, a vítima ou vítimas e espectadores e as ações devem ser repetitivas e intencionais, ocorrendo pelo menos três vezes. Fez questão de lembrar que os espectadores se divertem com as agressões e invariavelmente não tomam partido.

Ana Beatriz alertou que muitas escolas adotam a postura de chamar os envolvidos e obrigarem todos a se desculparem perante um monte de gente e restabelecerem os vínculos de “amizade” e que esta situação não é adequada porque fragiliza e expõe ainda mais a vítima. Enfatizou que tais tentativas só pioraram a situação, comprometendo ainda mais o relacionamento já desgastado, tornando-se insustentável.

Outro desdobramento foi abordado como o Cyberbullying, um tipo de assédio feito de forma virtual através de redes sociais na internet, ou mesmo através de mensagens rapidamente divulgadas por telefones celulares, que é mais cruel porque pessoas conhecidas espalham pela rede informações falsas sobre o comportamento da vítima, que não pode se defender ou a ação de defesa não apresenta a menor eficácia diante da rapidez com que é disseminada.

O Cyberbaiting, forma de Bullying sofrida por professores é outro tipo de agressão que satiriza o mestre, mostrando através de imagens cenas ridículas captadas pelas mentes conturbadas de alunos que desprezam seu esforço em trabalhar pelo crescimento pessoal deles.

Concluindo, Ana Beatriz reiterou que os pais têm um papel importantíssimo na recuperação de crianças e adolescentes vítimas de Bullying, acompanhando suas vidas de perto e tomando providências urgentes de proteção, utilizando sempre o bom senso e os mecanismos de proteção instalados nos locais onde residem como Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ministério Público e Juizado da Infância e Adolescência, dentre outros. Falou da necessidade de denunciar as ações, sempre, para que as situações sejam apuradas e tenham a possibilidade de os culpados serem responsabilizados. Sob o ponto de vista da vítima, nunca dispensar a ajuda especializada de um profissional que pode fazer a grande diferença na vida de quem sofreu ou está sofrendo Bullying.

Palestra da Psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva será realizada no Objetivo

A palestra sobre Bullying que será proferida pela Escritora e Psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, anteriormente prevista para ser realizada na sede do Centro do Professorado Paulista - CPP de Ourinhos - acontecerá, amanhã. 14 de dezembro, das 19 às 21 horas, no auditório do Colégio Santo Antônio/Objetivo, à Rua Arlindo Luz, 800, centro de Ourinhos.

Atividades e Brincadeiras na Praça dos Burgueses (parte III)

Desenvolvendo a criatividade de cada um, crianças e adolescentes foram estimulados a pintar, criando seus cenários e temas.

Atividades e Brincadeiras na Praça dos Burgueses (parte II)

Crianças e Adolescentes divertiram-se nos brinquedos instalados na Praça dos Burgueses na tarde de sábado, 3 de dezembro.

Atividades e Brincadeiras na Praça dos Burgueses

Graffitagem

O projeto A Cultura da Paz encerrou a etapa realizada nas escolas da Rede Municipal de Ensino, na tarde do sábado. 3 de dezembro, com diversas atividades e brincadeiras na Praça dos Burgueses.

Festa de Encerramento do Projeto A Cultura da Paz

Convite aos participantes das oficinas do Projeto A Cultura da Paz

Dia 3 de dezembro, sábado, das 14 às 17 horas, será realizada na Praça dos Burgueses a Festa de Encerramento do Projeto.
Será oferecido aos participantes pipoca, algodão doce, além de poderem brincar em tobogã, cama elástica e participarem da oficina de pintura dentre outras atrações.
Contamos com sua presença. 

Investimento em atitudes de cidadania

Para o desenvolvimento do projeto Cultura da Paz na EMEF Professor Francisco Dias Negrão, foi fundamental o envolvimento das educadoras Tarcila Benitez Moraes (sala 302), Luciana Borges de Andrade (sala 304) e Célia Aparecida do Prado (sala 504), as quais proporcionaram um espaço para reflexões em torno do tema Paz. Ao longo de sua realização, as professoras compartilharam com o psicopedagogo da unidade escolar, Fabio Alexandre Pereira, suas importantes observações a respeito das situações que caracterizavam o relacionamento entre os educandos. Assim, verificou-se as vantagens que a reflexão sobre a convivência poderia trazer para melhorar as relações entre os educandos em seu dia-a-dia escolar.

Exemplos das atitudes surgidas durante as atividades do projeto Cultura da Paz podem ser ilustrados pelas situações apresentadas nas fotos a seguir. Após obter autorização dos responsáveis para o registro dos momentos de interação entre os alunos no desenvolvimento do projeto, foram selecionadas algumas situações, as quais exemplificam a importância que a abertura de espaços para discussão sobre o assunto pode oferecer em termos de mudança positiva, tanto no que diz respeito à convivência quanto à possibilidade de criar situações naturais, que se tornem geradoras de estímulos para promover reflexão, argumentação oral e produção escrita.

As crianças da sala 302 discutem com o psicopedagogo sobre os frutos que podem ser gerados pela árvore da paz. 

No final do trabalho eles exibem a árvore e seus frutos (valores de convivência), resultado da reflexão sobre os valores fundamentais para a convivência entre as pessoas.

Ana Beatriz Barbosa Silva em Ourinhos

Especialmente convidada para encerrar as atividades do projeto A Cultura da Paz, estará em Ourinhos a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, escritora e autora de vários livros que falam de comportamento humano, no auditório do Centro do Professorado Paulista - CPP, na Avenida Paulo Bozon Veduraz, 122 - Distrito Industrial Dr. Hélio Silva, em 14 de dezembro, quarta-feira, das 19 às 21 horas.
O tema de sua palestra é Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas, baseado no livro de sua autoria, onde aborda os vários aspectos desse comportamento que incomoda muitas sociedades.

Encontro na Praça dos Burgueses

As equipes que desenvolvem o Projeto A Cultura da Paz nas escolas da Rede Municipal de Ourinhos estarão presentes na Praça dos Burgueses, no dia 3 de dezembro, sábado, das 14 às 17 horas, para um grande encontro com os participantes do projeto e suas famílias.
No local serão desenvolvidas atividades múltiplas, além de crianças e adolescentes terem à disposição diversos brinquedos que serão especialmente colocados para que utilizem à vontade
O evento marcará o final das atividades nas escolas neste ano.

9ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

Com abertura solene, a 9ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ourinhos foi realizada em 9 de novembro, no Centro Social Urbano, na Barra Funda, com as presenças da presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Elaine Salete Bastiani e da vice-prefeita e secretária de Assistência Social, Belkis Gonçalves Santos Fernandes e de outras autoridades.

Para motivar as discussões sobre os temas, a conferência foi precedida da palestra da Professora Doutora Eliana Frois, que elencou os 5 eixos previamente preparados pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA e que versavam sobre promoção e proteção dos direitos protagonismo, controle social da efetivação dos direitos e gestão da política nacional de proteção de direitos de crianças e adolescentes.

Posteriormente, os grupos foram divididos por eixo e, ao final, apresentadas propostas que serão encaminhadas e defendidas na 9ª Conferência Regional dos direitos da Criança e do Adolescente.  

A palestrante faz sua exposição e, acima,
 outros aspectos da Conferência

Conferência Livre de Adolescentes

A conferência livre de adolescentes foi realizada em 3 de novembro, no Centro Social Urbano, na Barra Funda, acolhendo estudantes de várias escolas de Ourinhos que participaram diretamente das discussões e encaminhamentos de assuntos que farão parte das conferências municipal, regional, estadual e nacional.

Aberta pela presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Elaine Salete Bastiani e pela vice-prefeita e secretária de Assistência Social de Ourinhos, Belkis Gonçalves Santos Fernandes, a conferência livre teve o objetivo de preparar os adolescentes para a discussão de temas que serão discutidos na 9ª conferência e que servirá de base para a implantação de políticas públicas voltadas ao segmento.

Participando ativamente das discussões, três jovens que frequentam o 9º ano da EMEF Profª. Amélia Abujamra Maron, Juliany Camilo, 14 anos, Lídia Porto, 15 anos e Bianca Moura, 14 anos, foram unânimes em afirmar que essas discussões deveriam acontecer em vários momentos, mesmo porque é, segundo elas, um espaço que se abre para o adolescente se manifestar e conhecer um pouco mais sobre seus direitos e deveres.

Alguns aspectos da Conferência livre

Recado de Gente Grande e Consciente

Durante a realização da 2ª Conferência Mundial para o Meio Ambiente e Desenvolvimento - ECO 92 - em junho daquele ano, no Rio de Janeiro, ocupou a tribuna para falar ao Mundo uma garota canadense de 12 anos, Severn Cullis Suzuki e deu um recado de gente grande para conferencistas atônitos que não saberiam o que dizer e fazer. 
O Planeta Terra naquele momento tinha 5 Bilhões de pessoas, nesta semana, membros das Nações Unidas confirmaram que chegamos aos 7 Bilhões de Seres.
Clique abaixo e assista:
Recado de Gente Grande e Consciente

Alerta sobre formas de Bullying na internet

Matéria publicada no Jornal O Estado de São Paulo alerta sobre práticas de bullying na internet, clique abaixo e veja:
Internet permite novas dimensões à prática de bullying

Dia de Atividades no CAIC

A equipe de vídeo do Projeto Cultura da Paz esteve na EMEF Georgina Amaral Santos Lopes - CAIC, em setembro, registrando as atividades desenvolvidas pelos alunos na graffitagem e Teatro. Confira as imagens no Youtube clicando abaixo:
Dia de Atividades no CAIC

9ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

    PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DOS DIREITOS DO ADOLESCENTE

                 

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ourinhos, em parceria com a Prefeitura Municipal de Ourinhos convida alunos de 13 (treze) a 17 dezessete anos para a Pré Conferência Municipal dos Direitos do Adolescente.

Tema:

MOBILIZANDO, IMPLEMENTANDO E MONITORANDO A POLÍTICA E O PLANO DECENAL DE DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOS ESTADOS, NO DISTRITO FEDERAL E NOS MUNICÍPIOS.

Mediadora: NELI HENRIQUES CACCOZZI - Assistente Social; Terapeuta de Família e Casal; Especialista em Terapia Comunitária; Especialista em Metodologia de Enfrentamento de Situações de Violência Contra Criança e Adolescente; Docente em Cursos de Pós Graduação pelo INBRAPE; Docente Titular no Curso de Graduação em Serviço Social na disciplina de fundamentos teóricos e metodológicos e Política Públicas de atenção à família, na FUNDEC - Dracena, Coordenadora Pedagógica do Curso de Formação de Terapia Familiar da Parceria ASSESSO - Escola de Sociodrama Familiar Sistêmico - SP; Facilitadora em Capacitação de Recursos Humanos, Supervisora e Capacitadora de Pojetos de Assistência Social, Sócia Titular da Associação Brasileira e Paulista de Terapia Familiar; É Cronista do site:

www.sinomar.com.br.

Data: 03.novembro de 2011 - Quinta-feira

Horário: das 14h às 17h

Inscrições: Rua do Expedicionário, 580 - centro

Telefone: 3302.6300

Local do Evento: CSU - Centro Social Urbano

Rua Eduardo Perez, 600 - Barra Funda    

Pré Conferência Municipal dos Direitos da Criança

Como um dos preparativos para a realização da 9ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que acontecerá em julho de 2012, em Brasília, foi realizada em 19 de outubro, no Centro Social Urbano, na Barra Funda, Ourinhos, a Pré Conferência Municipal dos Direitos da Criança.

O evento teve a coordenação da presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ourinhos, Elaine Salete Bastiani e contou com a presença da Secretaria Municipal da Assistencia Social, Belkis Gonçalves Santos Fernandes e de várias autoridades especialmente convidadas.

Pela primeira vez em todo esse processo de discussão de direitos da criança, as crianças participaram ativamente, tendo voz e voto, estabelecendo segundo seus conhecimentos e expectativas vários parâmetros que servirão de base para as discussões em vários níveis, notadamente na implementação e monitoramento de políticas públicas que dizem respeito a elas.

No início, algumas crianças ainda não entendiam direito porque tinham sido chamadas para participar, depois foram tomando gosto pelas discussões e elaboraram propostas além de cartazes alusivos à defesa de seus direitos.

A jornalista, professora de literatura infantil e crítica literária, Fernanda Munhão ficou encarregada de falar sobre a oportunidade de as crianças participarem, contando histórias e estimulando para que todos fizessem o melhor possível, afinal, tratava-se de algo que dizia respeito a todas elas.

O resultado foi melhor que o esperado, evidenciando que é preciso, sempre, oferecer espaços para a discussão e entendimento desse segmento, principalmente referendando o que está estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA - de que toda criança deve exercitar sua cidadania.

Na primeira foto, a presidente do CMDCA Elaine Salete Bastiani e a Secretária Municipal de Assistência Social, Belkis Gonçalves Santos Fernandes. Nas seguintes, crianças que participaram da pré conferência 

Bullying, o mal que você faz

O Espetáculo Teatral Bullying, o mal que você faz, foi apresentado nos dias 10 e 11 de outubro, em diversos horários, no Teatro Municipal Miguel Cury, em Ourinhos para alunos das redes de ensino municipal e estadual, educadores e convidados.

Com texto escrito por Karina Zimmermann, a peça foi encenada pela Trupe de Libra, cujos artistas são: Karina, Gláucio Farina e Valfredo Inforzato, teve a iluminação sob a responsabilidade de “Neguitinho”, a sonoplastia de Gláucio e Mari e a criação do cenário e direção foram compartilhadas entre os integrantes do elenco.

Três situações de Bullying foram apresentadas. Na primeira, um adolescente sofre violência dentro de casa e, como forma de defesa, começa a praticar o Bullying. Na segunda, um jovem sofre Bullying dentro da escola. Na terceira uma jovem é vítima de Cyberbullying.

O objetivo principal da encenação foi o de alertar sobre essas situações e orientar as vítimas como se defenderem desses tipos de violência, inclusive incentivando todos a superarem tais situações.

Alunos no Teatro durante a apresentação

Olhar atento e Atitude de uma Educadora modifica comportamentos

Relato da professora de educação infantil  de Ourinhos, Mariza Paula Lima Mamud mostra que é possível modificar para melhor os ambientes escolares  
Infelizmente o vírus do racismo ainda existe. Não pensei que o encontraria entre crianças tão pequenas quanto meus alunos (crianças de 4 e 5 anos) da Educação Infantil. No início do ano percebi, ainda que de maneira muito sutil, que algumas meninas discriminavam Maria (nome fictício), porque era negra.

No faz de conta, a ela nunca era dado o direito de ser a mamãe...  sempre ficava “ao redor “da brincadeira e, somente com minha intervenção, fingindo não entender o motivo, era inserida no grupo. Claro que não era a mesma coisa, mas não sabia como fazer melhor.

Numa atividade que fiz chamada álbum da sala (eles deveriam desenhar a cada dia um amigo e, no final levar aos pais para “apresentar” seus amigos a eles), ficou claro que precisava criar estratégias para lidar com essa situação. Uma das meninas desenhou Maria com giz preto e TUDO o mais também: árvores, sol, nuvens, flores, borboletas, etc... Quando questionei o motivo de não usar giz colorido, como era seu costume, ela disse que era porque ela era preta! Infelizmente como ela era líder, muitas fizeram o mesmo.

No parque, até um menino da outra sala se referiu a Maria como “aquela marronzinha da sua sala” e olha que a escola é pequena e todos se conhecem pelo nome.

Quando vi o resultado do concurso Miss Universo, acendeu uma luz no fim do túnel, ela é negra e linda, tanto que ganhou entre 88 finalistas! Levei a reportagem na sala e li para eles sem mostrar a foto. Depois perguntei como acharam que era a escolhida. A maioria disse que ela devia ter cabelo comprido, e devia ser loira! Só então mostrei a foto e eles ficaram um bom tempo calados, eu conseguia sentir o desconforto, principalmente das meninas... Então perguntei o que acharam dela e a maioria disse que ela bonita, até que um menino disse: se parece com Maria (fiquei aliviada de não precisar induzir isso, pois era meu objetivo fazê-lo), os olhos dela brilharam e respirou fundo quando eu disse que também havia achado. Fomos então à cozinha, à secretaria, à outra sala mostrando a reportagem e perguntando se achavam que a miss se parecia com Maria-todos concordavam.

Contei mais uma vez a história “Menina bonita do laço de fita” com dois ilustradores diferentes e também mostrei a eles a versão animada (produzida pela Petrobrás), no computador da escola. Acho que agora eles conseguiram ver com outros olhos a beleza do livro.

Colei a reportagem numa cartolina e escrevemos um texto coletivo, onde fui a escriba, para deixar para a sala da manhã também conhecer a miss e saber que ela se parece com a nossa Maria. Acho que essa miss não tem ideia de que mudou a vida de uma garotinha de 4 anos, que mora no interior do Brasil...

Bullying é tema de peça de teatro em Ourinhos

Especialmente preparada por um grupo de artistas de Ourinhos, a peça teatral que retrata situações de Bullying será encenada nos dias 10 e 11 de outubro, no Teatro Miguel Cury, em Ourinhos.
A montagem foi feita com base em fatos reais e trabalhada de forma que o espectador compreenda o desenrolar dos fatos e extraia os pontos positivos para encarar, se necessário, situações semelhantes.
Alunos do primeiro ciclo da Rede Municipal de Ensino de  Ourinhos serão espectadores privilegiados, além de escolas convidadas da Rede Estadual de Ensino.
A montagem será exibida nos dias 10 e 11 de outubro em três horários: Das 7:30 às 9 horas, das 9:30 às 11 horas e das 14 às 15:30 horas.
A atividade faz parte do projeto A Cultura da Paz de Ourinhos e a expectativa dos organizadores é despertar nos alunos o interesse pelo tema, no sentido de que sejam multiplicadores de ações positivas nos ambientes onde estiverem.

O Estatuto da Criança e do Adolescente e suas aplicações

O jornalista Luiz Argollo esteve na EMEF Doutor Salem Abujamra expondo aos pais, alunos e educadores  artigos do ECA que merecem uma atenção permanente de todos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069, de 13 de julho de 1990, muitas vezes é criticado por pessoas que não tiveram a oportunidade de conhecer integralmente os artigos que definem a proteção de crianças, adolescentes e suas famílias, estipulando, claramente sanções às pessoas que transgredirem as normas nele estabelecidas.
Argollo, que foi Conselheiro Tutelar em Ourinhos, lembrou aos presentes artigos do Estatuto que merecem ser observados por todos no dia a dia de crianças e adolescentes, enfatizando observações feitas por renomados juristas de que o ECA representa um avanço muito grande na legislação de proteção ao segmento, inclusive porque suas normas já foram copiadas e adotadas por vários países sulamericanos e europeus.

No primeiro plano, as conselheiras tutelares de ourinhos
Heloisa, Daniele e Vera que prestigiaran a palestra

Paz em Ação

O projeto A Cultura da Paz de Ourinhos continua expandindo sua área de atuação, com o objetivo de compartilhar informações importantes para educadores, alunos, pais e comunidades, no trato de questões que envolvam violências praticadas por crianças e adolescentes no âmbito escolar ou fora dele, apresentando alternativas que podem ser seguidas visando superar tais situações.

Desta vez, atendendo convite formulado pela direção, a escola visitada foi a EE Professor José Augusto de Oliveira da rede estadual de ensino. A psicopedagoga Célia Salomão e o jornalista Luiz Argollo estiveram presentes para mostrar as ações que são desenvolvidas no projeto, além de abordarem questões vivenciadas em escolas e que tiveram resultados positivos. A conversa foi realizada dentro do horário de estudo, prática que é realizada periodicamente por docentes daquela unidade escolar e que visa trocar experiências vivenciadas por todos.

Educadores ouvem a exposição feita
pela psicopedagoga Célia Salomão

Cultura da Paz na Escola Estadual Maria do Carmo

A Psicopedagoga Célia Salomão realizou palestra sobre Bullying para alunos do 2º grau na Escola Estadual Maria do Carmo Arruda da Silva, abordando aspectos que merecem ser observados nas relações humanas.
Utilizando material audio visual de fácil entendimento, mostrou aos alunos os atos mais comuns praticados dentro e fora do ambiente escolar que continuam merecendo a atenção de todos.
Em sua exposição, deixou claro que o momento é de reflexão, diante dos inúmeros casos de bullying que proliferam pelo país e deixam marcas que o tempo não apaga tão facilmente.
Lembrou que a mudança de atitude passa pela conscientização de cada indivíduo e reiterou quanto é importante as pessoas darem bons exemplos, invertendo os quadros que são observados de conflitos e desrespeitos sistemáticos. 

Alunos reunidos no pátio da Escola

Forum Permanente Intersetorial de Saúde Mental da Região de Ourinhos

A Criação do Forum projeta um novo olhar para a questão crucial da dependência química, que afeta o país como um todo. Acompanhe o trabalho visitando o Blog:

 forum permanente intersetorial de saude mental

Rede de Cuidado ao Dependente Químico

Abertura do Fórum com a presença de autoridades, tendo ao centro o prefeito de Ourinhos, Toshio Misato, também presidente da União dos Municípios da Média Sorocabana - UMMES

Aberto pelo prefeito Municipal de Ourinhos, Toshio Misato, o evento promovido no Teatro Municipal Miguel Cury, em 21 de setembro, pelo Fórum Permanente Intersetorial de Saúde Mental da Região de Ourinhos, teve a participação de cerca de 20 cidades e contou com a presença de aproximadamente 500 pessoas, começou a discutir estratégias para a criação de uma rede regional multidisciplinar de enfrentamento à dependência química, integrando áreas afins como saúde, assistência social, educação e esportes, dentre outras.

Vários integrantes do projeto A Cultura da Paz como a supervisora Marta Augusta Lima, a coordenadora geral Leda Maria Mansur, a coordenadora pedagógica Eliana Gomes da Silva e o divulgador, jornalista Luiz Argollo, além de pedagogos e professores participaram do I Seminário Intersetorial Regional: “Rede de Cuidado ao Dependente Químico”, com o apoio da União dos Municípios da Média Sorocabana - UMMES.

Nas palestras apresentadas na parte da manhã, destaque para a Psicóloga Teresa Cristina Endo, graduada em Psicologia com mestrado em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, ela que é doutoranda em psicologia clínica na PUC-SP e Assistente Técnica da Área de Saúde Mental, Álcool e Drogas da Secretaria Municipal de Saúde SP, que contou as experiências vivenciadas na “Cracolândia” no centro velho de São Paulo, dando informações importantes sobre como tratar o dependente químico com respeito, sem perder de vista o cidadão que está latente dentro dele. Esclareceu que é necessário ter um olhar ampliado e diferenciado para o problema, mas no atendimento e tratamento é preciso conversar muito e estabelecer uma mútua confiança na relação com o paciente, para que os resultados esperados possam ser alcançados.

A doutora Rosangela Elias Tischenberg, Professora Associada de Psiquiatria e Saúde Mental da Universidade Santo Amaro – UNISA, Coordenadora de Saúde Mental, Álcool e Drogas da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, que abriu o ciclo de palestras, demonstrou, através de organogramas e gráficos, as formas mais adequadas de tratar o problema e a necessidade de os atendimentos terem caráter multidisciplinar, com uma sequência ordenada para que as ações se complementem.

No período do tarde, numa mesa redonda sob a coordenação do professor doutor Sílvio Yasui, da Unesp de Assis, foram apresentados e discutidos projetos de atendimento a dependentes químicos em Pederneiras – SP e em Londrina - PR, em formatos diferentes mas com o foco no atendimento mais adequado aos dependentes químicos, pelas psicólogas Adriana Lendrin da Silva e Andrea de Carvalho.

O jornalista Luiz Argollo, divulgador do Projeto A Cultura da Paz, enalteceu os trabalhos voltados para uma cultura de paz que ajuda a prevenir a dependência química, contou como foi feita a montagem do projeto, mostrando passo a passo em fotos colhidas nas diversas fases e das parcerias formadas para dar sustentação às ações, lembrou o envolvimento dos diversos setores e do trabalho importante dos psicopedagogos da rede municipal de ensino, falou das oficinas de graffitagem, teatro e vídeo, além das palestras realizadas para alunos, pais, educadores, funcionários e comunidade, no sentido de esclarecer os múltiplos aspectos do projeto e de situações de agressões físicas e psicológicas que todos devem prestar uma atenção particular. Após a exposição, algumas cidades ficaram interessadas em conhecer o projeto como Santa Cruz do Rio Pardo, Londrina e Espirito Santo do Turvo.



Vista geral do público que lotou as dependências do
Teatro Municipal Miguel Cury



Violência familiar contra crianças e adolescentes

O pediatra, professor doutor Ayrton Margarido, médico em saúde e gestão do trabalho, autor do livro Muro do Silêncio, proferiu palestra no auditório da Faculdade Estácio de Sá, em Ourinhos, dia 14 de setembro, no encontro promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social, falando sobre violência familiar contra crianças e adolescentes.

A psicóloga Belkis Gonçalves Santos Fernandes, Secretária de Assistência Social e vice-prefeita de Ourinhos saudou o palestrante e, em seguida, o Dr. Ayrton falou para uma plateia extremamente variada, composta de profissionais que atuam na rede de proteção a crianças e adolescentes de Ourinhos e mais 12 municípios, o médico alertou sobre a necessidade desses profissionais manterem um olhar atento para identificar as agressões e tomarem as medidas pertinentes para corrigir as situações, além de outras providências para que os responsáveis sejam devidamente identificados, orientados e eventualmente punidos, de acordo com a situação.

Sua preocupação inicial foi com a violência intrafamiliar na infância, onde numa relação de poder extremamente complicada, pais, tios, avós, irmãos maiores e outros agregados praticam, sem a menor cerimônia tais atos, provocando danos morais graves e irreparáveis, quer seja no corpo físico, psicológicos como tortura, sedução, ameaça, tentativa e consumação de estupro.

Em sua exposição, o médico alertou que é comum observarmos tais procedimentos em famílias que estão submetidas a riscos sociais imensos, embora tais fatos sejam vistos em famílias fora desse grupo. Apresentou estatísticas que apontam os maiores causadores desses distúrbios e mostram que os pais representam  50%, mães 30%, e outros agentes 20%. Mostrou, também, que as agressões vão de palmadas, tapas, chutes, empurrões, sacudidas até à violência sexual.

Lembrou que os profissionais que trabalham no Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes dos municípios deveriam estar mais atentos para identificar esses fatos, uma vez que tais agressões são imperceptíveis ou quem sofre está pressionado pelos agressores para não revelar a ninguém, dai a importância de as cidades disporem de serviços de notificação compulsória de violência ou tentativa como a ficha estabelecida pelo Ministério da Saúde em 1994 – que é obrigatória em todo o país -  e que muitas cidades ainda não implantaram. Enfatizou que esse procedimento não resolve o problema como um todo embora forneça indícios para identificar mais rapidamente os fatos.

Concluiu, dizendo, que a sociedade como um todo tem que estar atenta a tais agressões, e que cada um tem um papel importante nessa cruzada para acabar com a violência contra crianças e adolescentes.

Profissionais ouvem atentamente
o Professor Ayrton Margarido